Pararrayos transatlánticos: el montaje modernista en Serafim Ponte Grande

Autores/as

  • Gabriela Bitencourt Universidad Federal de São Paulo

Resumen

Considerada actualmente uno de los grandes marcos de la literatura brasileña, la novela Serafim Ponte Grande tuvo, durante muchos años, una recepción apática, cuando no francamente reprobatoria. Su composición formal, marcada por la discontinuidad entre las partes y por una disposición fragmentaria, fue criticada de manera reiterada. Si, por un lado, la estructura formal parecía un artificio simplista y, por otro, el resultado parecía indicar una idealización encubridora de las contradicciones de la sociedad retratada, el presente artículo propone, al contrario, que el uso que hace de la técnica del montaje es un recurso crítico. A partir del análisis de escenas de la novela y de la discusión sobre el concepto de montaje, se argumentará que la factura de Serafim Ponte Grande plasma, de forma crítica, los límites y las aspiraciones de las propuestas estéticas que marcaron el modernismo paulista de los años veinte.

Palabras clave:

montaje, modernismo brasileño, Oswald de Andrade, Serafim Ponte Grande, novela

Referencias

Adamowicz, Elza. Surrealist Collage in Text and Image: Dissecting the Exquisite Corpse. Cambridge: Cambridge UP, 1998.

Andrade, Fábio de Souza. “De jangadas e transatlânticos: com quantos paus se reforma o romance”. Revista de Letras 30 (1990): 25-31. JSTOR, http://www.jstor.org/stable/27666541

Andrade, Mário de. “A escrava que não é Isaura”. Obra imatura. São Paulo: Martins, 1972.

_. “Osvaldo de Andrade”. Memórias sentimentais de João Miramar, de Oswald de Andrade. São Paulo: Globo, 2004.

_. “Oswald de Andrade: Pau Brasil, Sans Pareil, Paris, 1925”. Pau Brasil, de Oswald de Andrade. São Paulo: Globo, 2003. 7-18.

Andrade, Oswald de. Alma. São Paulo: Globo, 1990.

_. “Antes do ‘Marco Zero’”. Ponta de lança. Río de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira, 1971. 42-47.

_. “Carta a Monteiro Lobato”. Ponta de lança. Río de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971. 4.

_. “Fraternidade de Jorge Amado”. Ponta de lança. Río de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira, 1971. 30-32.

_. “Manifesto da Poesia Pau-Brasil”. Do Pau Brasil à Antropofagia e às utopias. Río de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1978. 3-10.

_. Pau Brasil. São Paulo: Globo, 2003.

_. “Prefácio”. Serafim Ponte Grande. São Paulo: Globo, 2004. 37-39.

_. O perfeito cozinheiro das almas deste mundo. São Paulo: Globo, 2014.

_. Serafim Ponte Grande. São Paulo: Globo, 2004.

_. “Sôbre o Romance”. Ponta de lança. Río de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira, 1971. 33-37.

Aranha, Luís. “Crepúsculo”. Klaxon: mensário de arte moderna 6/15 (1922): 3-4. BBM Digital, https://digital.bbm.usp.br/bitstream/bbm/5741/1/010055-6_COMPLETO.pdf

Bandeira, Manoel. “Serafim Ponte Grande”. Revista Piauí 19 (2008). https://piaui.folha.uol.com.br/materia/o-palhaco-da-burguesia-e-outros/

Boaventura, Maria Eugenia. “O projeto Pau Brasil: nacionalismo e inventividade”. Remate De Males 6 (2012): 45-52.

Brito, Mário da Silva. “O aluno de romance Oswald de Andrade”. Alma, de Oswald de Andrade. São Paulo: Globo, 1990. 9-29.

_. “As metamorfoses de Oswald de Andrade”. Ângulo e horizonte. São Paulo: Martins, 1969.

_. “O perfeito cozinheiro das almas deste mundo”. O perfeito cozinheiro das almas deste mundo, de Oswald de Andrade. São Paulo: Globo, 2014. 9-17.

Campos, Haroldo. “Miramar na mira”. Memórias Sentimentais de João Miramar, de Oswald de Andrade. São Paulo: Globo, 2004. 19-60.

_. “Uma poética da radicalidade”. Pau Brasil, de Oswald de Andrade. São Paulo: Globo, 2003. 19-84.

_. “Serafim: um grande não-livro”. Serafim Ponte Grande, de Oswald de Andrade. São Paulo: Globo, 1990. 5-28.

Candido, Antonio. “Digressão sentimental sobre Oswald de Andrade”. Vários escritos. Río de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2004. 33-62.

_. “Estouro e libertação”. Brigada ligeira. Río de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2004. 11-28.

_. “Oswald viajante”. O observador literário. Río de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2008. 97102. Carone, Modesto. “Em busca de um conceito de montagem”. Discurso 4/4 (1973): 187-94.

Cendrars, Blaise. “Saint-Paul”. Acontecimentos. 1. Jan. 2013. Web. 20 nov. 2021. http://antoniocicero.blogspot.com.br/2013/01/blaise-cenrars-saint-paul-sao-paulo.html

Chalmers, Vera Maria. “Seis capítulos de Oswald de Andrade”. Literatura e Sociedade 9/7 (2004): 178-94.

Conde, Maite. “Brazilian modernism and the movies: Oswald de Andrade’s cinematic consumption”. Romance Quarterly 67/1 (2020): 8-21.

Couto de Barros, Antonio Carlos. “Os condenados”. Klaxon: Mensário de arte moderna 6. (1922): 13-14. Plataforma de estudos do primeiro modernismo literário brasileiro. http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=217417&pagfis=119

Dubois, Jacques et al. “Douze bribes pour décoller en 40 000 signes”. Collages, Revue d’Esthétique 3.4. (1978): 11-41.

Fabris, Annateresa. O futurismo paulista. São Paulo: Perspectiva, 1994. Farinaccio, Pascoal. Serafim Ponte Grande e as dificuldades da crítica literária. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001.

Fonseca, Maria Augusta. Dois livros interessantíssimos: Memórias Sentimentais de João Miramar e Serafim Ponte Grande – edições críticas e ensaios. Tesis de grado, Universidad de São Paulo, 2006.

_. Palhaço da burguesia: Serafim Ponte Grande de Oswald de Andrade e suas relações com o universo do circo. São Paulo: Editora Polis, 1979.

França, Eduardo Melo. “A forma do flerte: subjetividade e fragmentação em Serafim Ponte Grande, de Oswald de Andrade”. Acta Scientiarum. Language and Culture 44/1. (2022): Doi: 10.4025/actascilangcult.v44i1.58049

Holanda, Sérgio Buarque de y Prudente de Morais Neto. “Oswald de Andrade. Memórias sentimentais de João Miramar”. Estética 2/1 (1925): 218-222. BBM Digital. https://digital.bbm.usp.br/view/?45000033183&bbm/6516#page/1/mode/2up

Jackson, K. David. “50 anos de Serafim: a recepção crítica do romance”. Remate de Males 6 (2012): 17-35.

_. A prosa vanguardista na literatura brasileira. São Paulo: Perspectiva, 1978. Lévi-Strauss, Claude. O pensamento selvagem. São Paulo: Papirus, 1989.

Lima, Bruna della Torre de Carvalho. “Eles devoraram tudo: primitivismo, barbárie e as vanguardas”. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros 64 (2016): 296-309.

Nunes, Benedito. “Antropofagia ao alcance de todos”. Do Pau Brasil à Antropofagia e às utopias, de Oswald de Andrade. Río de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1978. 5-8.

Pasini, Leandro. “Daisy, Oswald e o Processo Erosivo do Modernismo Brasileiro”. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros 61 (2015): 140-158.

Perloff, Marjorie. The Futurist Moment: Avant-Garde, Avant Guerre, and the Language of Rupture. Chicago: U. Chicago Press, 2003.

Pimentel, Daiane Carneiro. Espacialidades no romance brasileiro: Serafim Ponte Grande, de Oswald de Andrade, e Confissões de Ralfo, de Sérgio Sant’Anna. Tesis doctoral, Universidade Federal de Minas Gerais, 2019.

Prado, Paulo. “Poesia Pau Brasil”. Pau Brasil, de Oswald de Andrade. São Paulo: Globo, 2003. 89-94.

Ramos, Péricles Eugênio da Silva. “O ‘Correio Paulistano’ e o movimento modernista”. Correio Paulistano 26 jun. 1949. Hemeroteca Digital Brasileira. http://memoria.bn.br/DocReader/090972_09/42989

Schwarz, Roberto. “A carroça, o bonde e o poeta modernista”. Que horas são? São Paulo: Companhia das Letras, 1997. 11-28.

_. “Sobre o Amanuense Belmiro”. O Pai de Família e outros estudos. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. 9-21.

Sevcenko, Nicolau. Orfeu extático na metrópole: São Paulo, sociedade e cultura nos frementes anos 20. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

Souza, Gilda de Mello e. O tupi e o alaúde. Duas cidades: Ed. 34, 2006.

Weisstein, Ulrich. “Collage, Montage, and Related Terms: Their Literal and Figurative Use in and Application to Techniques and Forms in Various Arts.” Comparative Literature Studies 15/1 (1978): 124–39. JSTOR. http://www.jstor.org/stable/40468066