Revisamos a recepção da literatura marginal periférica no campo literário brasileiro. Este movimento literário, nascido na virada do século, se distingue por ser produzida por sujeitos identificados com espaços de exclusão social, como periferias, favelas ou presídios. Em um primeiro momento, algumas obras deste tipo foram acolhidas com surpresa, celebrando o que era considerado uma “descoberta insólita”. Enfatizou-se principalmente o seu “olhar interno” sobre estes universos, com obras que propõem “pactos de leitura múltipla” combinando o romanesco, o testemunhal, e o autobiográfico. Porém, esta consideração não faz jus à riqueza e diversidade desse movimento, que com a proliferação dos saraus nas periferias de São Paulo, vem construindo um “sistema literário” independente, marcado pela oralidade e a dimensão performática do literário. Ante este novo cenário, a crítica hegemônica permanece surda.
Palavras-chave:
literatura marginal periférica, campo literário brasileiro, saraus periféricos, crítica literária
Como Citar
Souto Salom, J. (2014). La literatura marginal periférica y el silencio de la crítica. Revista Chilena De Literatura, (88). Recuperado de https://revistaliteratura.uchile.cl/index.php/RCL/article/view/36087
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