O escritor brasileiro João Gilberto Noll vem sendo conhecido tanto no Brasil como no exterior devido a uma particular poética, que se encontra bem sedimentada em uma volumosa produção narrativa emergente em 1980, com a publicação do livro de contos O cego e a dançarina, e que se mantém fértil até o presente. Nos dizeres do crítico argentino Reinaldo Laddaga (2007), João Gilberto Noll é um dos autores que tem publicado, nos últimos anos, algumas das produções literárias mais singulares já vistas não só na América Latina. Essa singularidade apresentada pela literatura de Noll tem chamado a atenção da crítica literária e alavancado uma forte tendência ao estudo de sua obra traduzida em um volume significativo de teses, dissertações, livros, artigos, ensaios, etc.. Nesse vasto repertório de estudos críticos, é possível encontrar posicionamentos divergentes sobre a obra do autor. Muitos conferem valor significativo a essa produção literária, considerando positivo o grau de inovação que apresentaria em relação a expressivos comportamentos exibidos pelo gênero romance ao longo da modernidade. Outros tendem a olhá-la com desconfiança, argumentando que, devido a particularidades formais e temáticas, essas narrativas já não poderiam ser consideradas romances. Levando em conta a singularidade da produção narrativa nolliana e tomando como objeto de análise o último romance do autor, Solidão continental (2012), busca-se compreender o que estaria expressando, no concernente ao homem e à vida, esta singularidade narrativa. Além disso, pretende-se entender o que significa essa singularidade da narrativa de Noll para o campo literário brasileiro.
Ferigolo, I. (2014). “A dança da solidão”: a condição narrativa em solidão continental, de João Gilberto Noll. Revista Chilena De Literatura, (88). Recuperado de https://revistaliteratura.uchile.cl/index.php/RCL/article/view/36080
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