O efeito placebo nos ensaios clínicos com antidepressivos
Autores
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Hernán Silva Ibarra
Clínica Psiquiátrica Universitaria, Hospital Clínico, Universidad de Chile
Resumo
Estudos recentes concluíram que os antidepressivos da nova geração são ineficazes para tratar as depressões moderadas ou severas. Estatisticamente, não seria muito diferente a melhoria que experimentam estes quadros com medicamentos ou com placebo. Somente nos pacientes com depressões mais extremas a eficácia dos antidepressivos parece ser significativa. Não obstante, a aparente eficácia neste grupo não seria devido à efetividade do medicamento, senão a uma menor resposta ao placebo.
Outro grupo de pesquisadores, empregando uma metodologia muito similar, chegou a conclusões muito diferentes. Os autores sustentam que todos os antidepressivos foram superiores ao placebo, ainda que sua eficácia real seja menor se também foram incluídos na análise os estudos não publicados.
Esta situação põe de manifesto as dificuldades que enfrenta a pesquisa com psicofármacos na depressão e reaviva a polêmica a respeito da utilidade e justificativa ética do emprego de placebo nesses estudos.
Palavras-chave:
depressão, antidepressivo, placebo
Números especiais
Prestes a ser publicado
AB
